domingo, 13 de março de 2011

Lucas 13. 1 a 5

    Sabemos que o salário do pecado é a morte (Rm 6.23), também sabemos que maldição sem causa não se cumpre (Pv 26.2). Por isso o povo comentou com Jesus a respeito dos dezoito galileus que foram mortos pelos soldados de Pilatos enquanto ofereciam sacrifícios no templo. É comum pensarmos que quando acontece algo de ruim com alguma pessoa, é porque ela abriu as portas (baixou a guarda) e o inimigo então se aproveitou desse descuido para fazer o mal. E isso é verdade. Pois se orarmos e vigiarmos (Mt 26.41) estaremos preparados para lutar quando o mal nos sobrevier. Mas Jesus não quis discutir sobre o que eles fizeram de errado para receber aquele castigo. Nos ocupamos demais vendo os erros dos outros. Jesus quis sim, chamar a todos ao arrependimento, pois todos somos pecadores. Não há um justo sequer (Rm 3.10). Todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus (Rm 3.23). Sem arrependimento não há perdão. Se dissermos que não temos pecado, mentimos. Pois tudo o que fizermos, se não provier da fé, é pecado (Rm 14.22). E quantas coisas fazemos e não colocamos o Senhor como objeto principal de nossas ações. No nosso trabalho, no nosso estudo, nas nossas conversas com amigos, no tempo que dedicamos à internet, no MSN, Orkut, Beltrano, Facebook, Blogger, Formspring, Hi5, Twitter, Sônico, Unik, Netlog, Quepasa, Youtube, e outras redes sociais. Será que dedicamos um tempo maior às coisas de Deus? Quem nos edifica mais, a internet ou a bíblia? Jesus não procurou a culpa daqueles que morreram, antes, chamou a todos os vivos ao arrependimento. Devemos pensar e medir nossas atitudes. Somos tão pecadores quanto aqueles que estão presos, nas celas de uma cadeia, ou aqueles engravatados que subtraem o erário público, ou aqueles que maculam o leito matrimonial, ou ainda aqueles que não respeitam o seu próximo. Um pecado é sempre um pecado, tem valor de pecado e quem o faz, é um pecador. Deus difere dois tipos de pecados: aqueles cometidos contra si ou contra outrem - para esses, e houver arrependimento e se deixar de insistir no mesmo erro, há perdão - o outro tipo de pecado é contra o Espírito Santo, para esse não há perdão (Mt 12.3).
    Não devemos julgar aquele que caiu, pois seremos julgados da mesma forma que julgarmos (Mt 7.1). Também temos muitos erros. Ao invés de julgarmos, devemos colaborar para que outros não errem, assim como vigiar para não suceder de cairmos nos erros que condenamos nos outros. Devemos perdoar a todos os que erram contra nós, assim como queremos ser perdoados quando erramos contra alguém. Se não arrependermos, se não deixarmos nossos erros, também haveremos de ser julgados e pereceremos.
Enquanto estamos vivos ainda há oportunidade pra nos concertarmos com Deus. Nada sabem aqueles que estão mortos (Ec 9.5). Nada podemos fazer para aqueles que se foram. Pois ao homem é dado morrer uma vez, vindo depois o juízo (Hb 9.27).
    Há uma morte em que devemos morrer: morrer para o pecado. Sozinhos, não somos fortes o suficiente para isso. Mas se estivermos em Deus, caminharemos em direção a esta conquista. É de glória em glória, um passo de cada vez, lutando contra o pecado que quer fazer habitação em nós. É uma guerra constante contra nós mesmos. Contra todo impulso que nos leva ao mal. Porque em Cristo, somente em Cristo, somos mais do que vencedores (Rm 8.37). Porque ele nos amou e se entregou por nós, para nos redimir do salário do pecado, a morte. E nos destinou para as boas obras (Ef 2.10). Para isso fomos criados. Deixemos então todasas obras das trevas e façamos somente as da luz. Quem anda na luz jamais tropeça. Façamos tudo com amor (I Co 16.14).

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